domingo, 31 de agosto de 2014

Tão cedo, tão tarde,
por onde andei?
Quantos passos dei?
Por quantos caminhos não caminhei?
Quantas vezes me reinventei?

Não sei...

Tão cedo, tão tarde,
tanto tampo faz,
de lembrar já não sou capaz...
quando comecei,
nem que caminhos tracei,
nem quantas vezes recomecei.,
nem o que me tornei...

Não sei...

O anoitecer,
No alvorecer...
começar no ponto final,
os primeiros raios do amanhecer,
os últimos do põr do sol...
Quem sou eu afinal?
Ideia mais insana
até profana...
ouvi hoje alguém dizer:
- Deus? Um enorme espelho que se quebrou,
em mil pedacinhos pelo Universo se espalhou,
Deus... bilhões e bilhões de pedaços se transformou.

Um dos cacos peguei,
e o que vi é reflexo no espelho refletido
daquilo que tenho sido.
Isso é que pra mim faz o maior sentido.

Ideia perigosa essa...
você já pensou
que o espelho a sua mão pode cortar
e você não vai parar de sangrar,
e até sua vida todinha acabar...
não haverá um Deus pra lhe ajudar?
Diga-me, a quem vai você clamar?

Solução: destrone seu eu,
dê a Deus seu devido lugar,
somente Ele pode de sua vida
cuidar...
consertar... e vida nova lhe dar.

Amore,

Soltei as amarras,
limpei o coração...
Novo começo?
Recomeço?
Ou continuação?
Uma única certeza: nós,
apenas nós...
somos nós...
abraços, laços,
entrelaços,
não apertam como nós.

Porque amor é isto: não aperta, liberta.
Noite fria,
vida vazia,
trajetória... sua história...

Condição pra ser  meu amor:
viva forever... vida forever.
Não há amor incondicional,
menos que isso não quero,
a eternidade não será a eternidade
sem quem eu quero, do jeito que quero.

A vida não é só preto e branco,
há espaços em branco,
há nuances, há apostas,
sem respostas.

Há bem mais...
que apenas duas posições,
radicalmente opostas...
há mistérios insondáveis,
impenetráveis...
há o conhecido sim,
e o desconhecido também,
o que poderia ter sido...
há o sentido, o avesso,
sem sentido...
sexto sentido,
o encontrado, o perdido.
O tropeço...
o oculto,
o revelado...
A vida não é só um lado,
e outro lado...
não é só presente e passado.

sábado, 30 de agosto de 2014

Saí pra caminhar,
nas ruas desertas desta cidade,
sem olhar o sinal,
sem sentir o tempo passar,
sem querer voltar...

Andei sem rumo,
milhas e milhas,
dias e dias...
não sei mais quanto tempo faz...
o caminho de volta
encontrar não sou mais capaz...

Andei... ando sempre andando,
sigo caminhando,
sem rumo, sem direção
vou continuar
até a dor dos meus pés
ser maior que a do coração.

Amor da minha vida,
por que me deixou partir?
Agora aqui sozinha
não consigo mais sorrir.

Amor da minha vida,
minha mais triste despedida,
chega a noite
toda noite
insônia me convence que a força do amor nem sempre vence.

Tédio...
pra vida não há remédio,
drama dos dias divididos,
mal vividos,
desiludidos.

Trama da vida,
mil começos,
nenhuma saída...
vida demasiadamente longa,
demasiadamente breve,
(des)afortunadamente,
quem a escreve sabe o que escreve?
Bem-vindo, amor
que acalma...
traz paz pra alma...
bem-vindo, amor
que acaba com o longo inverno,
traz o perfume da primavera...
bem-vindo, amor
que faz acreditar
que sempre há uma saída,
que ainda vai chegar o melhor da vida
bem-vindo, amor
que faz entender todas as outras partidas.
Há um silêncio dentro de mim,
depois de você...

Um silêncio traduzido em inquietação...
Minha vida não pode ser dividida,
quero de volta a parte
que você pra bem longe levou...


Música sem melodia
é assim o meu dia
sem alegria.

É impossível bater pela metade o coração...

Não sabe o que é o amor,
só conhece a dor.
A vida, nada generosa,
esquceu-se de lhe mandar rosas.

Só lhe mostrou espinhos,
e segue ele seu solitário caminho,
deserto... nunca ninguém por perto.

Todas lágrimas derramadas,
todas as lágrimas choradas...
com a chuva misturadas
e ninguém notou nada.

A esperança... só por um átimo...
e sumiu, entre seus dedos...
desapareceu...
e no lugar deixou puro medo.

Mas ele é forte,
embora a dor quase não suporte,
segue... sabe que, no fim,
há morte...
e, com ela, o fim de sua triste sorte.

Não tem graça...

Você pinta meu céu negro,
de um negro mais negro que a escuridão
de uma noite eterna, que passa, que passa
mas nunca passa.

Não tem graça...

Você torna minha vida mais noite que a própria noite...
você passa
com seus açoites
é um vulto que passa
e por onde passa vai semeando desgraça.

Não, não tem graça..
Tá rindo do quê?
Da minha desgraça?

Olha que essa coisa passa.
Você não tem nada a perder,
nem nada a ganhar...
a vida é só pra se viver,
dela nenhum troféu ninguém vai levar.

Um dia de cada vez,
não importa o que você fez
ou o que deixou de fazer...
viva da vida o que dá pra viver,
viver de verdade não é pra valer...
até porque...
não fim todo mundo vai mesmo é morrer.
Ontem... hoje
aqui... lá fora
eu... você
sempre indo embora.

Eu... tão simples,
você... tão complicado,
ficar lado a lado,
ou cada um pro seu lado?
Não, não desisti...
de hoje em diante
não vou insistir,
vou aceitar
a vida como ela se apresentar.

Se o sol não brilhar,
as nuvens vou admirar.
Se a música não tocar,
o silêncio vou escutar.

Se a luz não aparecer,
vou entender...
nas trevas vou procurar
até te encontrar...
tateando,
procurando,
encontrando.

Se o amor em mim não se fizer,
e se você não me quiser,
e nos braços de outra aparecer...
com certeza vou te esquecer.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Dias assim...

Há dias que são noite o dia inteiro.
O Sol não aparece,
o calor não aquece,
nenhuma palavra conforta...
só uma dor que o coração corta.

Há dias assim...
A chuva não para,
o frio não vai embora,
a felicidade não existe,
o mundo todo é tão triste...

Você, então, quase desiste.
Há dias bem assim...

Mas, mesmo esses dias chegam ao fim...
Da saída você encontra a porta...
O dia passou...
pra trás o passado ficou,
e isso é que no fim importa.
Você é um amado.
Eu faço tudo errado,
estrago tudo
e, você, mesmo mudo,
conserta num momento
manda embora todo tormento.

E num momento de lucidez,
peço desculpas,
digo é a última vez
que ajo com insensatez.

E você, tão querido,
simplesmente me diz:
- Não me peça desculpas,
você nunca deve se desculpar...
quando você acha que fez algo errado
é só pensar que está do meu lado...
sem você não sei o que é amar.

E, eu:
- Você não existe...

E, você:
- Existo sim... existo sempre que você olha pra mim.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Voltei a ser a outra...
cansei desta que todo mundo vê...
assustada, deseperançada
da vida esperando nada.

Voltei... do meu avesso fiquei.
Nas mãos um monte de sonhos
estranhos...
esperando o dia chegar...
a noite sem fim acabar.

Voltei a ser a outra...
esperança não tenho pouca...
dessa vida... que coisa louca...
espero com uma esperança louca
que me dê não coisa pouca.

Sonhos demais?
Nunca olhe pra trás...
a vida é a vida que você faz.

Cansei  de ser a outra
com as mãos vazias
esperando o dia
e ver o que ele preparou pra mim...
Esta outra encontrou seu fim.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Camaleão...
Não tenho convicções,
me adapto a qualquer situação...
vou e volto,
dou a volta,
depois volto...
Passo por cima,
passo bor baixo...
me encaixo.

Preto e branco?
Comigo não...
domina a razão,
quem manda é o coração.

Meus sonhos têm a cor da minha vida
... colorida.
Repleta de contradições,
tudo me convence...
nada me vence..
começo e não termino
no meio do caminho...
largo tudo e volto
convenientemente
começo tudo novamente.
... mais uma vez.

Viu só o que comigo você fez?

Na boa, véi :)

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Eu escrevi silêncios inexprimíveis...
eu gritei, te sacudi, tua cabeça bati...
tudo isso só por amor a ti.

Tu te fizeste silêncio
e não me ouviste,
minha dor não sentiste
e partiste...
me partiste.

Onde andas tu
hoje em dia?
O silêncio ainda é tua companhia?
Os gritos ecoam
desde aquele dia...
Se tu nunca tivesses sido
eu ainda saberia o que é alegria?
É claro que tenho dúvidas...
Sorrisos fingidos,
beijos escondidos...
olhares triçoeiros..
foi o que era pra ter sido...
foi pela metade...
foi tudo o que deveria ter sido?
Anjo caído.

Se eu gosto de incertezas?
Pode crer... tenha certeza.
Não estou tão certa
se há alguém que sempre acerta.

Nuvenzinha a turvar meu pensamento
por um momento
de dúvidas me encheu:
era você pra ser só meu?
Sei tão pouco o que estou a fazer neste mundo...
qual um vagabundo
vago pelo submundo.

Sou mal vista
então, em mim não invista...
não insista.
Amo o
insano, o profano.
Sou só engano.

Baixo mundo,
imundo...
criminosa... mal-cheirosa
por onde passo
deixo espinhos...
roubo o perfume das rosas.

domingo, 17 de agosto de 2014

Um vida pra chamar de minha...
não, não tenho.

E olha que eu me empenho
faço planos, traço metas,
estudo tudo,
vivo a planejar.

Eu mesma a me guiar,
o timão na minha mão,
minha estrada a trilhar...
não importa como acabar.

Mas o destino... ah! o destino!!
Total desatino
me faz perder a razão...
pegou minha vida de jeito
e segura bem forte com as duas mãos.

Eu projetando.
E o destino jogando.
Eu implorando.
E o destino nem ligando...
desde o início saiu ganhado.

Ilusão....

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Estou de partida
cansei desta vida...
onde é a saída?
Sou ave ferida.

Portas fechadas...
vidas só de fachadas,
meio sorrisos...
lágrimas disfarçadas.

Tateio... um mundo escuro,
encruzilhadas, mil labirintos...
O que mais eu sinto?
Você não saber a que veio...

quinta-feira, 14 de agosto de 2014



Acredito... acredita!
Abra a janela,
sinta o vento
viva o momento
liberta seu pensamento...

Deixa ir o passado,
afasta a cortina...
muda sua sina...
sobe a colina...
atravessa o vale,
chega até o mar...

Não olha pra trás...
busca ser feliz
pelo menos uma vez mais...

Felicidade é assim que se faz.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Há uma guerra em mim...
ao que sinto  quero pôr um fim.
Não quero mais amar,
meu amor pra você entregar..
nem de você lembrar...
não quero você em nenhum pedaço de mim.

Você, que jurou me amar,
jamais me deixar,
jamais me fazer chorar...
você, que chegou
e mais lágrimas do que alegrias causou.

Um favor é o que peço... por mim...
se eu te procurar,
não se deixe encontrar...
mesmo que eu implore,
me ignore...

Há uma guerra em mim
luto só pelo fim...
me deseje sorte,
mesmo que pra você isso pouco importe.

domingo, 3 de agosto de 2014

Seus olhos azuis...
de um azul profundo do céu, do ar, do mar
neles navego segura
e não me importo de naufragar...
em seus braços
cada apertado abraço
mais leve me faz ficar...
no seu corpo meu corpo porto seguro a encontrar...

e a vida de leve levar
no mesmo caminho seus olhos azuis
pra sempre vão me guiar...

por que me faltam palavras
quando alto quero gritar?

Sussuro: te amo, te amo, te amo...
vou com este amor pra onde ele quiser me levar...

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Nos caminhos da vida...

eu sigo sem nenhuma despedida,
minha mochila é levinha, levinha,
não me pre-ocupo,
não tenho problemas,
do medo, arranquei as algemas.

Pelo mundo afora,
sem preocupação,
estou sempre no aqui e agora
pra bem viver é essa a solução...
ou não...

Talvez, vou pensar, quem sabe, pode ser...
não fazem parte do meu dia a dia
sim ou não - eis a solução:
sou sempre adepta ao 'sorria, sorria'.

Sou pura consistência, inocência...
paciência...
ou não.

Não tenho tempo pra esperar,
o mundo sempre a rodar,
o vento a mudar
e eu vou me calar?

Comigo... é tudo agora.
Pra depois? Já fui embora.

Então: sim ou não...
não demore pra decidir,
neste momento já estou pronta pra partir...
minha vida seguir.

Vivo o agora.
Viva o agora!
Amanhã!? Bem, amanhã...
posso ser displicente
ser diferente
ou talvez eu me reinvente...
mudando pra sempre...
afinal, já falei... sou consistente
e vivo o presente...
e cada dia é diferente... concorda?

Cansou!? Então não me dê corda ;)
Pra você eu guardei
um amor inteiro
e nem notei...