segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Pela vidraça
vejo o tempo que passa...

A cidade cheia de graça
indiferente ao que a gente sente
acende suas luzes...
uma a uma
vai revelando os caminhos...

Ouço passos apressados,
o tempo voa aqui deste lado...
Cada dia é uma longa noite
o tempo um terrível açoite...

O tic-tacquear do relógio
a me lembrar
cada um, de novo, mais uma vez...
seu próprio rumo vai tomar...
cada um, de novo, mais uma vez...
em lados diferentes
sozinhos seguiremos nossos caminhos...

tic-tac... tic-tac... tic-tac...

É hora de nos separar...

Se eu não estivesse tão triste
juro... ia ter um ataque
e, contra o dono do tempo, ia me rebelar.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Deita e dorme...
primeiros raios do sol já levanta,
engole o café,
paga conta.

Corre que corre... não para
vai e volta...
come... não come
chora e chora
e a dor não some...

Intoxica... desintoxica...
vai ou fica?
anda apressado
timer sempre ligado...
sonhos... esperanças...
viver... e viver... às vezes... cansa.

Olha pra frente,
olha pra trás...
vida afrouxa... vida aperta
no  mundo perdido
o futuro lhe tira a paz.

Roda... roda... roda...
sorri sorridente
vida não é permanente...
chora que chora
a vida não volta atrás...

Embrulhado!
E está tudo acabado.



terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Mais um dia amanhecendo...
o caminho está se fazendo
cada um o que plantou
segue colhendo...

Plantando, colhendo...
o tempo correndo,
a vida passando
cada um a cada dia
um pouco mais segue morrendo...

A maldade escondida,
disfarçada em sorrisos,
em palavras bonitas,
em gestos indecisos...
de revelar se encarrega a vida.

Não se engane,
aqui se faz valer a lei maior
action... reaction...
action... reaction..
plantou... colheu...
plantou mal
não vai levar a melhor...
(imagem: successify.net)


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Medo...

Esconde tudo em tudo o que é lugar onde não possa encontrar...
anda devagar, com medo de chegar,
não joga... assim, não corre o risco de não ganhar...
não dorme, com medo do que vai encontrar quando acordar...
não vive, com medo de ver a hora da morte se aproximar...

Não se olha no espelho...
com medo do que seus olhos possam lhe revelar.

E a vida a passar...
e o medo tudo a paralisar.