quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Queria ser diferente
irradiar paz, alegria a toda gente...
Queria ser a força sempre presente,
queria ser como aquele que não esconde o que sente.

Queria ser humilde,
aceitar a mão...
Queria...
aceitar facilmente todos os nãos.

Queria
dar a mão
pra quem precisa de ajuda e direção.

Queria, num estalar de dedos,
mandar embora todos os medos.




Ir por aí...
você sempre tem essa opção...

ou não.

Subir a montanha mais íngreme,
descer ao vale mais profundo,
chegar ao topo do mundo,
cair no buraco mais fundo,
sair... ou não.

Você sempre tem mais de uma opção:
não ser igual a todo o mundo...

ou não...

Ir por aí
sem plano, projeto,
sonho... ilusão...

viver sua vida
 ... ou não.
Ninguém sustenta o personagem
do começo ao fim da viagem...

um momento de distração
e lá se vai a máscara ao chão...

um instante de tensão
e somem as falas do personagem...

um átimo... um esquecimento
e lá se vai o que não se é ao vento.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

E o quase....
e o talvez,
pode ser?
se Deus quiser
o talvez vai acontecer
e o quase vai aparecer
A convicção do não
faz você sofrer?
O não só mostra
o que você tem de deixar de querer.

A convicção do não
é bênção, não maldição.
A sua simples menção
faz doer seu coração?

E o sim...

Sempre tudo bem pro sim?
Nem sempre pra mim...
há sins que incomodam
se não no começo, no fim.

Talvez.... tudo isso
seja só o que você merece. 




segunda-feira, 28 de outubro de 2013

E se eu chorar...

No choro ou na alegria
vou só agradecer
em cada um deles
tenho muito a aprender.

E se eu chorar...

Não importa
se tudo deu certo
ou se deu errado...
foi o melhor
do seu melhor...
sempre poderia ter sido pior.


Não insista,
não siga pelo caminho
em que nada encontrou...
construa outro
nem que nele você esteja sozinho.

A felicidade existe sim
vai por mim...
se você ainda não a encontrou
é porque o caminho errado tomou.

Mude a direção
vá contra o vento,
contra a maré...
ande pra frente,
ande de ré...

Não insista...
mude outra vez
e se a felicidade
você não encontrar...
não custa nada recomeçar...

again... and again... and again :)





Vai... minha tristeza vai,
diga-lhe com não posso mais sofrer...
vai aonde ele estiver,
diga-lhe quem sem ele não sei viver.

Vai... minha tristeza vai.
Chega de tanta saudades
de tanta dor e solidão...
vai, diga-lhe que é só seu meu coração.

Vai e traz de volta o meu bem,
vai, pega-lhe as mãos
mostra-lhe o quanto lhe quero bem...
vai, minha tristeza vai
falta do seu amor não quero sentir mais.

Louvado seja Deus...
eu saber que não vou morrer.

Louvado seja Deus
eu ter a vida só pra viver.

Louvado seja Deus
eu não precisar não querer
não morrer...

Louvado seja Deus
eu não ter
uma sentença de morte
na minha cabeça a pender...
Eu vi o desespero da morte
que sorte...
eu vi...
em tempo percebi
e corri.


Há sempre algum tipo de morte
na falta de sorte...
Ou há falta de sorte, na morte?

Ou é predestinação
você morrer ou não?
Você quer alguma coisa?

Chuva? Ou sol?
Frio? Ou calor?
Preto? Ou branco?
Alegria? Ou dor?

Você quer alguma coisa?

Não. Sim...
Começo? Ou fim?
Chegada? Ou partida?
Viver? Ou morrer?

Você tem de escolher...
é a única saída.
Especial

Tudo foi tão real.
O irreal na forma de realidade
a felicidade.

Raio de sol
entre nuvens
esperança
que busca sempre alcança...
Um dia inventado
um dia de sol...
as cores do arrebol...
nuvens coloridas no pôr do sol.

Um dia criado,
imaginado,
esperado...
fantástico
fabuloso.
Um dia, o mínimo, curioso.

Um dia
um dia assim, sim
chegou...
até que enfim.

Quanta tristeza há nesta vida,
tantas dores da chegada até a despedida.
Lágrimas, choro, pranto...
a vida completa é completo desencanto.

Começa com dores
termina com dores...
no meio, desamores...
e mais dores.... por onde quer que fores.

Quanta tristeza há nesta vida,
quanta beleza perdida,
na ausência de uma paleta colorida...
pra dar vida à vida.


O tempo fiel companheiro
dos dias de solidão
passa ligeiro
levando-me com sua mão.

O tempo fiel companheiro
dos dias de alegria
passa faceiro
sorri brejeiro...
divertido, brincalhão.

O tempo fiel companheiro
passa... como tudo passa,
vai sumindo igual fumaça
até parar o coração.
Tristeza em mim,
tristeza sem fim...
um que de não sei o quê...
tristeza, por quê, por quê?

Um não sei o que que me persegue.
por todos os caminhos me segue,
não sei como consegue
viver dependendo de mim...
por que que com sua própria vida não segue?

Não sei por que dessa tristeza
que tirou toda a beleza
de um caminho que não era pra ser só meu...
era pra ser também o teu...

Quero a felicidade dentro de mim.

sábado, 26 de outubro de 2013

"Vai minha tristeza".... vai
por este mundo de Deus... vai.
Chega de tantos ais...
tristeza, não aguento mais...

"Vai minha tristeza"... vai
encontrar morada em outro lugar,
chega de tanto me amargurar...
vai, tristeza, vai...
manda a alegria voltar pro seu lugar.

"Vai minha tristeza"... vai
diz a ele que não posso mais viver assim...
"Diz-lhe, numa prece, que ele regresse."
chega disso de viver sem mim

vai, tristeza vai....

"  " Vinícius de Moraes/Rosangela Calza
Ela não era de muitos sorrisos,
nem de muitos amigos...
amantes!?
nem te digo...

Tímida, calada
entrava muda e saía calada...
a esse destino estava fadada.

Até que ela encontrou você.
O mundo cinzento brilhou,
a tristeza desbotou,
o sorriso.... ah! o sorriso
em seus lábios morada encontrou.

Você fez de conta que notou,
fez de conta que se apaixonou.

Ela fez de conta que o seu fez de conta não notou...
o sorriso na boca congelou...

o tempo passou

cada um foi pro seu lado...
...

e o sorriso.... ah! o sorriso...

continua congelado.
Esquecer....

Há destas coisas no mundo...

ficar só, estar só, sentir-se só...
é tanta tristeza que causa dó.

ter esperança, esperar, acreditar...
é tanta fé em que alguém vai voltar.

Esqueça....

fique só, mas não se sinta só,
fique triste, mas por um tempo só.

espere, acredite
vai chegar...

o dia depois de amanhã
e outro alguém você vai amar...

Há dessas coisas no mundo.

Você pode não acreditar,
mas o que é seu vai lhe encontrar.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Como é que se esquece de alguém que se ama?

Alguém que se ama não é pra esquecer, é pra sempre na mente e no coração deixar ficar, viver e reviver... não seria assim que deveria acontecer?

Fique! O espaço é todo seu... mesmo que você não seja mais meu. Eu deixo, pode ocupar todos os cantos, você que me faz lembrar que a vida é o maior encanto.

Como é que se esquece de alguém que foi embora.... e não era a melhor hora. E agora!? Como faço pra ficar? Como faço pra ocupar tanto lugar... que alguém que foi embora deixou em seu lugar?

É lugar que não acaba mais... e é dor que dói, dói, e dói demais.

Como faço pra esquecer de alguém que me deu um beijo (depois de já ter me dado mais de mil), fez um carinho no meu rosto (depois de ter acariciado por demais da conta), olhou fundo nos meus olhos (depois de ter olhado tanto, tanto), secou meu pranto... e disse 'adeus, até nunca mais'...

Como se esquece de alguém que se ama tanto, tanto? Como se esquece de alguém que se ama amar?

eu não sei esquecer devagar.... e estou sempre a lembrar.

Descobri meu inimigo.
Dividia a cama comigo.
Comia do mesmo pão.
Morava em meu coração.

A vingança estou maquinando,
a armadilha preparando
e ele vai cair...

Quem mandou me trair?
E se eu falar
e você não acreditar?
Devo me calar?
Devo gritar?

Sou silêncio
em 99% de mim
então quando falo,
acredite, eu sei a que vim.

E se eu silenciar?
Quem vai o caminho te mostrar?


Sou silêncio
a gritar...
se precisar
vou farelinhos jogar...
pra que possas o rumo certo encontrar.


E riste de mim...

naquele momento senti o fim...

O fim sempre é triste, doído, sofrido...
eu preferia ao teu rir ter morrido.

Mas sobrevivi...
Um novo começo, um recomeço
exatamente como mereço.
Naquele fim
estava o começo de mim.

E riste de mim...

E hoje eu sei quem está triste...
e continuará triste até depois do fim...
só porque riu de mim.
Silêncio vinga-se com silêncio.

A vingança é doce....
quanto prazer em saber
que estás a sofrer...

Sabor de vingança...
Alguém já disse
"quem espera sempre alcança"
uma doce vingança.

Me envolve a doçura do mel
saber que sentes o mais puro gosto de fel...
Doce vingança
eu sei que no meu silêncio
estás a procurar
uma resposta que nunca vou te dar.

Nada melhor pra se vingar do que calar...
É pra temer?
Tema meu silêncio,
as palavras não ditas,
uma voz que não grita.

É pra temer?
Tema minha indiferença,
meu tanto faz,
meu descaso...
meu pouco caso...
oh! foi o acaso.

É pra temer?
Tema minha ausência,
minha eterna paciência
com o teu não conseguir aprender.

É pra temer?

Tema minha negligência
tema eu não sentir tua ausência
tema eu não temer
pela vida eu te perder.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

E quer saber?

Eu quero mesmo é viver.
Riscos correr.
Ganhar e perder.

E quer saber?

Eu quero mesmo é acordar,
mas antes dormir e sonhar...
Planejar...
acertar e errar...

Eu quero mesmo
é amar, amar e amar...
só assim mesmo vale a pena
a vida levar...

Meu silêncio

Grita....
diz tudo o que quero dizer...

Você consegue entender?
No meu silêncio... o meu amor
que tento tanto esconder...
faço de tudo pra você não ver...

Eu amo, eu amo e eu amo...
em silêncio
e eu sei que no fim
é no silêncio que você vai mais lembrar de mim.
Sou o que sou
não dependo de onde estou.
Sou gargalhada,
sem medo de nada,
seguindo minha jornada.

Há pedras no caminho
há flores, há carinho,
há dores e amores...
enganos, desenganos
e desamores...

Sou o que sou
na luz do dia,
na escuridão da noite,
na brisa suave...
no vento... o açoite.

Sou como você me vê
meu coração, minha aura,
minha alma... tudo brilha
quando estou com você.
"A vida é puro ruído"
neste mundo de som
todo poluído,
caído...
é confusão,
é correria...
é tristeza e alegria.

"A vida é puro ruído entre dois silêncios abissais"
teatrais, irreais, mortais...
de vida destituídos,
sem sentido
nem norte, nem sul
silêncios abissais
de sentidos privados
nem um pouquinho menos, nem demais.

"A vida é puro ruído entre dois silêncios abismais. Silêncio antes de nascer, silêncio após a morte."
A vida... é só o que tem vida.
O barulho do sangue nas veias,
de vozes alheias,
estrangeiros,
passageiros...
um choro de alegria
um choro de não ter nem mais um dia...
o  barulho emudecido,
acabou a dança das cadeiras.
fim da brincadeira...

silêncio total... silêncio mortal...
"  " Isabel Allende/Rosangela Calza



domingo, 20 de outubro de 2013

Míopes...
um erro refractivo...
um desvio...

Há um olho que vê melhor que o outro?

Claro que há,
olhe com o coração,
preste atenção...

Há um não míope,
colocado no caminho certo,
com seus passos endireitados,
segue a estrada certa
mesmo por dias incertos
sua vitória é certa....

Ele sabe que vai chegar
e você!?

Bem, se você quiser, também pode acertar...
basta pela pessoa não cega se deixar guiar...
Cegos de nascença
nem percebem da fé a presença,
não a conhecem
não a veem...

Seguem cegos
um mais do que o outro
ou todos no mesmo nível
tão cegos
não importa se há qualquer desnível.

Estão acostumados
a andar lado a lado
não enxergam
são cegos guiados por cegos...
guiando cegos...

A cegueira de um é a cegueira do outro....

ambos cairão no buraco... um agora
o outro daqui a pouco :(
A mais bonita...
não usa maquiagem,
não se bronzeia no verão,
não se importa coma moda,
não muda a cada estação.

A menina mais bonita
quando eu falo não acredita
não fica horas no salão,
não faz academia, nem dança de salão.

A menina...
sai sempre com a cara lavada,
tem a pele branquinha, branquinha,
veste a primeira roupa que vê...
e fica tão perfeitinha...

E quando eu exclamo: que linda!
ela apenas sorri
e fica mais linda ainda...
Primavera... que linda que eras!
Outono... o sol seus raios abrandou...
Inverno... totalmente os apagou.
Verão... com todo calor ressuscitou.

Na linha da vida tu te equilibras...
sempre sorrindo nas tuas lidas...
vais pelos caminhos
solitária, pras dores buscas saídas.

Em ti a vida será eterna,
nunca serás em demasia...
se tu permitires
com meu amor encherei tua vida vazia.
Sou tudo ou sou nada...
comigo é sempre tudo ou nada.
Entrego tudo... de volta quero nada...
vivo com com a alma lavada.

Sou inteira
verdade verdadeira.
Reinvento...
me reinvento por fora e por dentro...

Comigo não há meio termos,
de meias palavras não entendo
vou desmascarando as mentiras...
só de verdades vou vivendo.

De mentiras.... entendo bem
não me deixo levar na conversa...
Faço de conta que acredito
quando finjo, finjo bem...
sou complexa....

...e vice-versa
Sós viviam outrora
juntos vivem agora.

O amor venceu
a mentira adoeceu e desapareceu.

A esperança brotou
do que eram nada restou.

juntos agora
um só
quem foi dois outrora...

Você me fez entender
o que é viver pra valer.
Você me fez ver
que tudo eu posso vencer.

Você é tudo em mim...
por esse amor eu luto até o fim...
enfrento qualquer situação
não limites, não há barreiras...
com você em meu coração...

É a tua voz que prefiro.
É o teu ar que respiro.
É o teu amor que me conforta.
É a tua vida que pra mim importa.

É o teu olhar que procuro.
É a tua mão que me guia pelo escuro.
É o teu abraço que me faz ver a luz .
É o teu sorriso que me seduz.

És tu que em amor tudo traduz....
Meu coração me mostrou
o quanto a razão me enganou.

Parti.... fugi... sofri.
Agora de volta estou,
meu coração se rebelou... me revelou...
o lugar certo me apontou.

São tantas coisas perdidas na estrada,
tantos passos, planos, enganos, desenganos...
tantos falsos amores... tantos dissabores,
tantas buscas que deram em nada.

Fim da estrada...
ponto final...
uma parte de mim esquecida
voltei... encontrei
nunca mais viverei outra partida.
Quero te dizer
que te amei pra valer.

Errei ao partir,
chorei ao te ver chorar,
sofri por toda dor,
tentei ficar mas não consegui.

Voltei... pra te dar o amor que não te dei...
voltei pra consertar tudo o que quebrei...
voltei.... porque falta algo em mim
voltei... porque não sei viver assim...
voltei... porque sem ti sou todo fim.


Ah! se eu pudesse...
consertar os pontos que errei
trilhar o caminho que não trilhei...

Ah! se tu ainda me quisesses
consertaria o errado,
andaria ao teu lado,
daria tudo de mim
e estaria contigo até o fim...

Sim.... se eu pudesse...
Vou contigo
aonde quer que fores
estarei ao teu lado
serei teu eterno namorado.

Não, não fui o querias
traí, menti... subtraí
Não, não estive contigo
estive do lado errado.

Vou contigo,
conte comigo...
serei teu porto seguro
fui teu quando ainda não sabia...
sou teu agora...
serei teu pra todo o futuro.

sábado, 19 de outubro de 2013

Se eu pudesse parar o tempo...

quanto tempo teria?

junto com ele todo o resto também pararia?

Se eu pudesse

tudo com mais calma olharia,
mais de tudo aproveitaria,

se eu pudesse.... o tempo pararia.

Com o tempo parado
eu mais refletiria
e menos pelo caminho errado seguiria.

Com o tempo parado
eu olharia de um lado,
de outro lado...
e ficaria mais tempo ao seu lado.

Se eu pudesse parar o tempo,
viveria eternamente com você todo momento.... no tempo.
Minha vida...
uma chegada
uma partida...

minha vida
um caminho sinuoso,
altos e baixos
vale profundo,
rios caudaloso.

minha vida
caminhada penosa,
sofrida... doída...
vida sem guarida.
mas é minha

e, só por isso,
merece ser bem vivida.
Outono chegando ao fim
inverno ainda dentro de mim.
Eu sou assim
coração partido,
desiludido,
no caminho da vida perdido.

Eu sou assim...
Ou eu estou assim?

O outono já vai passar,
o verão vai chegar...
será que com seu calor
o inverno do meu coração vai acabar?
Faço minhas as minhas palavras....
que à mente chegam tão distraidamente...
tomam forma... cada uma ao um pensamento se conforma.

Minhas palavras...
do fundo do coração?
De onde será que vêm?
Será mesmo que minhas são?

Minhas palavras...
ou de todo mundo?
Será que posso tomar posse
do que já existe desde que o mundo é mundo?

Minhas palavras.... são realmente minhas?
de todos?
ou do mundo?
A felicidade
num barquinho no meio do mar...
a navegar, a balançar.... pra lá... pra cá.... pra lá.... pra cá.... pra lá
no seu coração não vai entrar.

Um coração contaminado,
sujeira por todo lado...
um coração perturbado, bagunçado,
triste, feio, quebrado, cansado.

A felicidade quer a beleza,
quer a pureza,
quer o lugar com carinho preparado...
quer outra felicidade do seu lado.
Lágrimas que não chorei,
dores que não guardei,
amores que não amei....

Como o mar...
o meu amar
não tem ondas que vão pra trás.
Das lembranças cultivadas em mim...
todas chegaram ao fim...
chegaram,...
se instalaram  por um momento
se foram... com o vento...
e apagaram-se... enfim.

Nada ficou,
nem o sorrisos,
nem o colorido das flores,
nem as palavras
dos amores.

É a vida - você pode me dizer -
só quem muito amou tem muito pra esquecer.



Hoje percebi
o que sobrou de ti...

Foi sonho... imaginação?
maldade do coração?
Passaste tão lentamente
Passaste tão distraidamente.
Onde estavas
enquanto não me amavas?

O que sobrou de ti...

O amor que não vivi,
a alegria que não senti...
isso se foi...

Então, o que realmente sobrou de ti?

Lágrimas que não derramei por ti.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Vou contigo
aonde quer que fores...
vou contigo
serei pra sempre teu ombro amigo.

Vou contigo
ver a chuva cair,
as ondas a areia levar,
o sol a escuridão iluminar,
o vento tua dor levar.

Conte comigo, amigo...
vou contigo...
estou contigo.
Nem quero falar de amor...
Nem quero traduzir em palavras
minha sensibilidade...

Chega de dor,
fim à tristeza,
ponto final ao desamor.

Há algum amor sem dor?

Chega de amor...
de qualquer cor, forma ou intensidade.

Chega! Não quero, não quero e não quero...
a sua piedade.
Um sorriso quebrado,
um olhar desbotado,
um coração magoado,
um amor desamado...

Flores no verão,
neve na primavera,
calor no inverno
dor, frio... muito frio no outono.

Sem planos... só altos e baixos!
Decididamente, nesta vida,
eu não me encaixo.
Foi-se... com o vento,
tudo o que tinha de ir...
foi-se tudo o que mais triste me faz...

Foi-se a razão do meu sofrer
só o que me faz sorrir agora vou querer...

Foi-se todo mal
junto com todo o mal que me fez...

Foi-se o derradeiro da dor
com todo o seu desamor.

Foi-se.... e eu respiro livre
das algemas que um dia tive.
Eu quero amar...
Não importa a estação
outono, inverno...
primavera, verão.

Eu quero amar um...
dois... ou três.
amar a toda toda gente...
não importa
se vão pensar que sou diferente.

Um amor por vez
dois... ou três
tudo junto... cada um...
separado... misturado.
Todos...
eu quero amar,
amar intensamente.
Deletar.... sem sofrimento
sem tortura... sem tormento.
Abandonar os sonhos, os planos,
chega de enganos e desenganos.

Uma dor no coração
não quero pra mim isso não...
vou usar toda a razão
chega de machucar meu coração.

Coração magoado,
sofrido... torturado...
agora vou esquecer sem sofrimento...
já.... agora... neste exato momento.

Deletar, apagar...
pela saúde do meu coração
vou ser razão.... pura razão...
emoção... se foi nas asas do vento.

Há vazios na minha procura,
há palavras perdidas
jamais encontradas,
há uma longa e solitária estrada...

No vazio do dia jogo a noite,
calo-me até quando sei o que falar.
Silencio num silêncio total.
Apenas um sopro de tristeza no ar...

Medo...
Medo de começar a chorar
e nunca mais parar.
Noturno...
o aço do teu olhar
atravessou meu coração
fizeram noites que
trazem as sombras.
Não percebes,
mas tu me assombras.

Sinto o frio gelado,
o sorriso forçado,
o coração quebrado
quando estás do meu lado.

Tu me assombras....
agradeço aos céus, beijo o infinito
por que não passas de sombras....

Gélidas, noites surdas do dia
sobrepostas dia após dia...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mais uma vez...
é claro que o sol vai voltar
tudo vai clarear,
e tudo ao seu redor vai brilhar.

Mais uma vez,
e uma outra mais...
quantas vezes ele for capaz...

vai voltar
pra sua vida alegrar,
pra envolver... abraçar... e sussurrar
que vale a pena você acreditar.

Então vá e volte...
como o sol :)
Há pessoas que tem medo da escuridão...
Por que será?
'A noite acendeu as estrelas
porque tinha medo da escuridão'...
é de Quintana.

O escuro, o maligno?
Ausência de luz...
é isso que o dicionário diz.

E eu? Não, não tenho medo da escuridão,
a escuridão não me engana.
Tudo o que vejo, vejo com o coração...
e não, não vejo monstros na escuridão.


O lado avesso,
um tropeço
e se vão ao chão
os planos, os sonhos,
os desejos do coração.

Ah! nem vem
não é sempre assim!

Claro que não... às vezes não há nem chão....
"O mundo é dos espertos."
Um desses... você quer ter por perto?

"O céu é dos escolhidos."

Que pena... você só vai notar quando eles não estiverem mais por perto
quando eles já tiverem partido....
Como és amável
amado meu...
és mais que adorável
beijas-me com os beijos da tua boca...
não é sem razão que eu te amo
mais que tudo o que existe...
não, não é sem razão que te entreguei meu coração.
Não fujas de mim
estarei por perto até o fim.

Sim, sim... não, não...
não fui eu que decidi.
eu fui feita pra ti.
O mar flutuante,
uma estrela distante
a terra firme...
tudo no mesmo instante.

Você já viveu?
O mar conheceu?
A estrela visitou?
A terra firme já deixou?

Tudo junto... ao mesmo tempo!?

Impossível?
Você já viu o vento?
Jogue fora o conhecido,
jogue fora o vivido,
jogue fora a terra firme...
jogue fora a falta de emoção...

Busque outra dimensão,
aquilo que tira o chão
que nega a razão,
e faz bater mais forte o coração.

Jogue fora o que faz bem
jogue fora o que faz mal
jogue fora o que faz e o que não faz
só pra ver de quanto você é capaz.

Arrisque e risque o que já escreveu,
o que já viveu...
Arrisque e viva o que ainda não conheceu...
há tanto no mundo pra ser seu :)



Solidão...da humanidade natural condição.
Solitária toda pessoa... do mundo afastada
dentro de si fechada...

Uma redoma,
uma cabana,
um deserto...
só, sem ninguém por perto.

Um viajante solitário
refugiado, isolado,
na natureza morta
encontra um teto,
sente-se abrigado.

Abandonado de todos
segue o solitário...
atarefado
pra não se sentir tão abandonado.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Só há dor?

Não... às vezes... não há dor.

ou a intensidade é menor
ou você simplesmente não se importa.

Fecha a porta.
Tapa os ouvidos.
Fecha os olhos...
faz de conta que não vê...
faz de conta que não é com você.

Vamos brincar de faz de conta?
Você conta...
pode começar...
eu vou me esconder...
só de faz de conta
só pra você sentir o gostinho do que seria me perder...
é só faz de conta tá!?

eu juro... vou deixar você me encontrar :)

Sempre se perde, amanhã.

Você já pensou em tudo o que perdeu?
Em tudo o que sofreu?
Fez diferença?
O que você aprendeu?

Faz realmente falta
o que ontem você perdeu?

A cada escolha, uma você perdeu
saboreou, degustou... o que ganhou...

A colheita é obrigatória.
A perda tem sabor de fel
se guardou rancor...
amargura, ressentimento...
é certo que vai colher dor.
'Ser ou não ser'
escolher ou não escolher,
viver ou não viver...

Tudo pode ser
tudo pode não ser
você pode ganhar,
você pode perder...

E daí? Se perdeu... perdeu
não era pra ser seu...

Vai chorar?
 Pode chorar...

mas não vai adiantar...

Haja...
no presente
sem olhar pro passado,
sem se preocupar com o que vem à frente.

Haja
sem dor,
sem temor,
haja....

Se não agir
você será um eterno perdedor...
haja racionalmente
reinvente... se preciso for.
Perdas são constantes...
Na vida é assim
um dia pra você,
outro pra mim.

Outro pro outro
e outros pros outros.

Perde você,
perco eu,
perdemos todos...
nada é pra sempre meu, nada é pra sempre seu.

Perdas são constantes,
medo, desesperança,
dor pra todo perdedor...

Todo mundo sente dor,
todo mundo é perdedor...
perdas são constantes...
mas sempre há ganhos
logo à frente ou um pouco mais distante.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A incerteza é fatal...
remédio mortal...
veneno total.

Talvez,
quem sabe,
pode ser,
não dá pra dizer.

A neblina me fascina
só se muito fina.... muito fina.
O nevoeiro denso me alucina,
me faz perder a direção,
o senso, o uso da razão.

Incerteza é a única certeza da vida...
o resto... bem, o resto é tudo pura ilusão.

Incertezas...

de onde vim?
pra aonde vou?
por que estou onde estou?

Incerteza... falta de conhecimento a priori da minha situação...
Que confusão!

Qual será meu próximo passo?
Alguma coisa será resolvida?
As coisas apenas continuarão?
Enfim, como é feita a vida?

A certeza me fascina,
me alucina, me deslumbra,
me encanta e me seduz
nada na penumbra...
tudo na luz.
E ele se foi
assim como veio...

partiu...
partiu-me ao meio

uma parte ficou
a outra com ele levou

sem se importar
com o que deixou...

Partiu...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mais uma decepção...
Não, não aprendo.

Continuo a confiar,
a acreditar,
a buscar,
e a esperar...

Um dia o vento trará,
eu sei que sim,
trará alguém igual a mim.

Confiança aos meus pés depositará.... essa é minha maior esperança...

ou minha esperança... é confiança nos pés de quem me guiará?
E ele se foi
assim como veio.

Não pediu licença pra entrar
não avisou que ia sair.
Não se importou em me ver chorar.
Não ligou por eu não mais sorrir.

E ele se foi
como o vento forte
deixando tudo pelo chão...
Nem se importou em ver quebrado meu coração.

E por falar em certezas
de nada tenho certeza...

Neste universo
há de tudo um pouco
e em cada canto
pelo menos um louco.

Destoo de tudo...
discordo em tudo...
desde que acordo
com nada concordo
divergir é minha alegria
o dia todo... todo dia

Falta harmonia,
entendimento...
em todo canto
desavença
sempre há alguém esperando que eu não vença.

Conflito,
discórdia
rixa,
disputa,
cizânia...

Que porcaria...

E por falar de certeza,
a incerteza não é um desvio ocasional e temporário...
a incerteza reina neste Universo...
em qualquer horário
a certeza é o anti-horário.

e não importa se você pensa o contrário.



domingo, 13 de outubro de 2013

Desilusão,
decepção,
desencantamento
da vontade do pensamento.

Acreditei,
apostei,
tudo de mim dei...
nada em troca ganhei.

Desilusão de um quase,
decepção de um tudo,
desencantamento de uma quase incerteza...
convicção de um não.

Desilusão....
não é a fé que move montanhas.... não.

sábado, 12 de outubro de 2013

Meus passos...

Sigo de passo em passo
às vezes, não passo.

Passos longos
nas tempestades
apagados pela chuva,
pelas ondas,
pelo vento
lá longe ficou meu tormento.

Passos curtos
nos dias ensolarados
riso escancarado
felicidade
curto
cada passo dado.

Passos solitários
um depois do outro
só um
sem o outro.

Passos vagarosos
cansados
caminhos dispersos
só prosa...
sem cantos... sem versos.

Passos aqui... outros ali
por aqui e por aí
ao acaso
descaso
pegadas da vida
não encontro nenhuma saída.

Se não consigo da vida correr,
o único jeito é viver.

Despeço-me agora...
vou embora.

Em boa hora dirão alguns
não vá embora dirão outros.

Degradada, desamparada
aniquilada... não sou mais nada.

Entristecida com o que me presenteou a vida
magoada com quem me tirou a vida.

Despedida...

é de lágrimas e dores
que são feitas as partidas.
Vago

por entre espinhos e flores.

Divago

e vago nas sombras...
borboletas azuis
voam em minha direção...
Espanto-me que algo
ainda de mim se aproxime.

Sou puramente chagas,
feridas doídas
e as borboletas jogam sal

é... elas também me querem mal...
Despreze-me!

Sim, se for homem que se preze,
despreze-me...

Jogue-me ao rio,
jogue-me flores,
sou um brinquedo,
um espaço vago,
no espaço vago...

Não, não se desespere,
nem espere compaixão...
sou um surto de loucura
à procura
de um louco um pouco mais louco
que me execute
e diminua minha dor.... ao menos um pouco...

e
seja um louco com coração.
Sepultei? Não! Pra sempre enterrei
bem enterrado
no buraco mais fundo
um amor maior que o mundo.

Cobri-me com um preto véu,
desci a ladeira
num passo lento,
joguei suas lembranças ao vento...

Um corpo na cova,
como se fosse desova
de quem não serve pra nada mais...
com o corpo foram-se as provas
de um amor que não se fez jamais.

Enterrei... enterrado,
coberto de terra
um cadáver...
um mau cheiro exalado.



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Olho as lentas nuvens no céu....
olha, aquela parece um chapéu,
um elefante, um gigante...
que muda de instante em instante...

E assim sigo eu,
como as lentas nuvens do céu...
de chapéu, sem chapéu...
do tamanho normal
vivendo uma vida pra lá de normal.... bem real.

Deito na relva macia,
lembro de como era um dia
quando você me dizia
que pra sempres sua eu seria.

O céu continua azul...
teve seus dias cinzas e tristes,
derramou lágrimas
mas não guardou nenhuma mágoa...

E eu? Tive meus dias cinzas.. tristes,
sem esperança, sem alegria,
acreditei que não valia..
não queria
viver mais um dia, nem outro dia...
chorei, sim lágrimas e lágrimas derramei.
a alma lavei...
e mudei...
hoje meu coração de você limpei,
tudo o que era seu transformei
o mundo em mim renovei...
sombras e passado, tudo apaguei...
deixei lá atrás tudo abandonado...

Estou indo pra outro lado... do lado de lá... do mar
há alguém a me esperar :)


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ci sono due persone...
nel mio mondo.

Solo questo amore
tra te e me...
allegra il mio cuore.

Certo è la tua risata è il più bello rumore...

Su qualunque strada,
non c´e distanza,
siamo sempre più vicini
in qualunque cielo,
teu sussuro me alcança...
não, não há distância
tra te e me...
credi in me...

noi non ci perderemo... mai :)



sábado, 5 de outubro de 2013

Pensar que esquecer é fazer de conta que nunca aconteceu
é se enganar redondamente.
É se iludir... é a si próprio mentir.
É se tapear... é se ludibriar...
é o sol com a peneira tentar tapar.

Se você quer acreditar
que tudo não passou de ilusão,
vá em frente... disfarce... dissimule...
não... não houve nada entre a gente..
apoie-se em uma matriz de equívocos... equivocadamente
e
se arrebente.... eternamente.

Depois não vai dizer que eu não alertei.
Partir...
o desconhecido pela frente,
o melhor ainda está por vir?

Partir, romper com o conhecido,
com o costumeiro, com o sabido.

Partir... dar um passo e outro mais
não olhar pra trás
sem pestanejar em frente seguir
simplesmente confiar naquilo que não se pode garantir.

partir... ir... seguir... jamais sucumbir :)

No fundo da memória
guardo os fantasmas do passado
lembranças... de tudo o que vivi ao seu lado.

Lugar silencioso, por vezes revoltoso
insurge-se... quer vir à tona
e tudo o que me tornei maldosamente detona.

Os fantasmas passeiam por entre minhas lembranças
lá atrás deixadas, empoeiradas... em cofres fortemente guardadas.

A chave fora joguei
e não julguei
que os fantasmas insistiriam em me lembrar de tudo o que errei...

com você

sem você....

nenhuma chave resolve o que o tempo não dissolve.
Sempre uma carta na manga
pra entrar em cena..
é assim que ele encena
no palco da vida
encontra sempre uma saída
às vezes, não há nem despedida...

simplesmente se vai
como veio
tira a carta da manga
e manda pelo correio.
O dia passa
na tela da vida
vai estampando
chegadas e partidas...

O sol se põe,
num ponte ardente
oculta-se
e deixa a noite chegar... completamente indiferente.

A noite chega
dissimulada... não deixa ver nada,
oculta-se... dilui-se na escuridão.

E a noite passa...

E deixa aparecer outro dia.
Novo cenário das dobras do tempo
desdobra-se lentamente
compõe o tempo de mais chegadas...
de mais partidas...

tudo igual, igual a tudo... novamente.
Perambulando... por aí,
por caminhos conhecidos,
já trilhados, já sorridos, já sofridos.

Perambulando... pela vida
completamente desafeiçoada, desapegada,
seguindo dos outros as pegadas.

Caminhos já percorridos,
de outros distiguidos,
caminhos vividos,
caminhos morridos.

No fundo da sua alma,
bem lá no fundo,
nos porões habitados por fantasmas do ontem,
rebelião, revolução, sublevação, sedição...
ou
paz, harmonia e calma?

No fundo de sua alma,
lembranças mais agudas aninhadas, acomodadas, ajustadas..
No recôndito do seu coração,
é guerra... é paz...
é devaneios... é imaginação...

Ou você ainda vive em mais pura indefinição?


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Nas estradas da vida,
palco de cenas coletivas,
desfilam várias etnias
com muita maestria.

Nas estradas da vida,
cada um e todos reinventam-se
cotidianamente...
distintos entre si
e tão iguais igualmente.

Nas estradas da vida,
caminhos se cruzam,
vidas se entrecruzam...
inúmeras faces,
inúmeras vidas...

e o sol lá do alto
espiando entre as nuvens
melancólico...
sofre a dor de cada vida
... perdida.

Política da boa vizinhança...
acorda em você a urbaneidade
a camuflagem como uma necessidade.

Boa convivência... conveniência?
Conivência?
Desenvolve em você a arte das
máscaras e disfarces
por toda parte...

Um apagamento transitório do que você é,
um recolhimento... um emudecimento...
do que você quer...

O urbano... por detrás do pano...
por detrás de toda agressão
há uma espécie de automutilação...
há dano e/ou autodano.

Medo tem explicação
é puro instinto de proteção.
Pode traduzir pavor ou insegurança...
na falta de segurança.

Quão seguro está você do seu amanhã?
Quão tranquilo está você em relação ao seu futuro?

E o medo vem
como consequência
das suas inconsequências...

Pulverize o medo
enfrente o medo sem medo.
Ter medo é bom
significa que ainda há alguma coisa em seu coração.
O silêncio, às vezes, soa assustador pra mim...
Como escutá-lo?
Como interpretá-lo?
É um não ou é um sim?

Sim, sim... eu sei o valor do silêncio.
Pra que errar se se pode evitar?
Pra que falar se se pode calar?
Pra que magoar se se pode resguardar?

O silêncio... estratégia inteligente
de muita.... muita gente.
Medo do que está por vir,
do desconhecido,
do a ser vivido,
do a ser esquecido...

Medo do que me espera,
atrás das portas,
nas próximas curvas,
destas vias tortas...

Medo do já vivido,
doído,
do não esquecido,
do desaparecido...

Medo do que passou...


Mas medo... mesmo...
do que o futuro me reservou.



O medo de assumir
acordou nele a necessidade de evitar confrontos.

A  cada nova situação,
ele se amoldava,
se reinventava,
se modelava...

A cada nova situação
mais parecido com nada ficava...
mais igual a tudo se tornava.
A cada manhã quando o relógio crava o início de um novo dia...
rostos desconhecidos
endurecidos...
caminhos não percorridos
não conhecidos.

As curvas que a vida faz
e o tempo desfaz.
a cada passo um novo compasso.

E o relógio tic-tac... tic-tac...
a cada novo dia,
todo o dia,
dia a dia.

sem tempo pra nostalgia...
só incerteza nas tramas que enredam
um dia depois de outro dia... de outro dia.

... todo dia.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013


Solidão... 
Vazio... sem sentido,
não ser querido,
só e só meio coração.

Solidão...
só desesperança...
Janela aberta
quem espera sempre alcança?

Solidão...
só sem companhia
perdido na multidão.

Solidão...
calma.... respira e se acalma
na multidão
há um
que preencherá o vazio da sua alma.

Quem busca... encontra
identificação
e a sensação de estar completo o coração...

Só quem busca
deixa de ser só...


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Despeço-me aqui...
é hora de partir.
Sem bagabem,
sem lembranças...
só o que me acompanha é um fio de esperança.

Espero encontrar o que quero.
Espero amar o que encontrar.
Espero que qualquer lugar
seja o meu lugar.

Seguro o fio fortemente
vou deixando escorrer lentamente...
um pingo aqui, outro ali.

Se um dia eu quiser voltar
quero encontrar o lugar de onde parti.

... de pingo em pingo
eu vou me guiar...

e

saber voltar :)
 
Parada... feito morta.
Cansada... das vias tortas.
Triste... com a solidão.
Parada...sem coração.

Parei de querer amar,
parei de querer ajudar,
parei de querer meu ombro dar,
parei de caminhar.

Parada... feito morta.

Morta feito morta...

... e alguém se importa!?
Tudo o que sei
é que nada sei.
Tudo o que planejei
sonhei, busquei
foi como fumaça no ar.

Agora vou parar,
sem planos,
sem enganos...
sem sonhos,
sem pesadelos,
sem buscas,
sem desencontros....

quem sabe assim (des)encontro...
ou sou (des)encontrada?

Sei, sei... comigo é tudo ou nada!
Onde há amor ele vai segui-lo por onde você for...
onde não há, é um favor, quando você se afastar.

Um favor pra você
que vai evitar de sofrer,
de fazer sofrer
e de ter muito pra se arrepender...

Onde há amor é bom ficar,
colorido fica o lugar
ameno o ar pra respirar
e dá vontade de nunca mudar.

Onde não há amor
há dor
há medo
há segredo...

E segredo é tão difícil de guardar...

Então, se onde você está amor não há,
que tal sair pra procurar!?
Será que tudo tem de passar pelo crivo da razão?
Será que emoção não pode ser apenas emoção?
Quem entende das coisas do coração:
a razão ou a emoção?

Encruzilhada
agora é tudo ou nada
emoção embota  a razão
a razão chama a si a emoção.

Que faço?
Passo?
Desfaço?
Sigo o compasso?
Sumo.... e não deixo traço?
Tic-tac... tic-tac... tic-tac
o tempo passa...
nas minhas mãos a decisão...
razão ou emoção?

Você pediu pra voltar,
jurou que aqui é o seu lugar,
o invisível nas dobras da certeza,
sobreponho imagens do presente e do passado,
recomponho as paisagens...
e lamento, nelas de você só há miragens...
falsa realidade, ilusão, sonho, quimera...

I'm sorry for you... not sorry for me...

Sorry.
"Estou feliz...
Sim... feliz...
você me trouxe o amor que eu tanto quis.

Tal qual andarilho
andava eu pelo mundo...
quase como um vagabundo...

Mil lembranças a me sufocar
só queria de tudo me livrar...
caminhar, caminhar e caminhar...
encontrar guarida em algum lugar...

Na minha vida só conhecia partidas
os bilhetes eram sempre só de ida,
eu só vivia despedidas...

Até você comigo cruzar
em uma rua deste mundo
você me mostrou a saída.

Agora voltei pra ficar... encontrei em você o meu lugar."

Foi isso que ontem eu ouvi....
e agora o que faço?

Abraço!? Ou faço de conta que não entendi!?


E o sol continuou a brilhar e a se apagar...
o vento continuou sua lide de soprar...
as estrelas a bruxulear...
as ondas do mar a vir e a voltar... pro mar.

O mar a nos separar...
o tempo as lembranças a apagar
a distância...

não foi o suficiente tudo na rotina continuar...

Você se foi pra nunca mais voltar...
era o combinado, lembra?
do outro lado sua vida levar...
e você voltou porque era pra voltar...

Por que era pra voltar?


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Vou parar pra respirar!
Tudo o que aconteceu
sono cose della vita:
só um amor que nasceu e morreu.

Estou pensando em você
que um dia na minha vida apareceu
e como um poente
desapareceu.

Vou parar pra respirar,
preciso descansar,
a mente organizar,
o coração faxinar,
pra o outro amor
achar lindo e leve o lugar...

Sono cose della vita...