sábado, 18 de janeiro de 2014

Dor...quem já não a sentiu? Ela vem, é inevitável
 Ela aparece quando você espera, quando menos espera...quando não espera
 Chega devagarinho ou como uma tempestade...simplesmente chega
 Invade sua alma (pior) sem pedir licença se apossa de todos os seus momentos
 Você suplica q ela vá embora...e ela surda toma conta de todos os cantos
 Transforma-o em caquinhos, às vezes tão minúsculos que você tem a impressão de q jamais poderá juntá-los
 O tempo passa e você nota q tem de continuar...e continua de qualquer jeito...cola aquilo em q você se transformou...porque em pedaços fica muito difícil continuar...vc precisa estar inteiro
 Inteiro...de qualquer jeito, mas inteiro
 Por ser de qualquer jeito, alguma coisa não se encaixa, ou fica fora de lugar, ou fica faltando...(na pressa, você esqueceu algo por aí, em algum momento)
 Como não quer lembrar de onde deixou...não volta
 E lá vai você...com as cicatrizes fazendo-o lembrar continuamente

 Eu e a dor

 Sei que vem...não me importo que venha
 Pode vir...vivo-a, sinto-a, aceito-a
 Ela me derruba, me arrasa, me sufoca, me estraçalha...me transforma em pó
 E eu deixo...
 Espero um pouquinho (ou um pouco mais...depende do dia, depende da dor)
 Daí começo...lentamente...devagarinho...bem devagarinho...a colocar tudo no lugar
 Vou juntando, vou moldando (virei pó, remember?)
 Tudo calmamente, com doçura...tranquilamente
 E o tempo passando...e eu me moldando
 Sem cicatrizes...estou diferente, mas sem cicatrizes...simplesmente eu mesma
 A mesma que era antes da dor, diferente da que era antes da dor
 Sigo adiante...pronta pra outras dores...

 Ah! e já percebi que às vezes a felicidade é tão grande que dói também.

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